repousava em seu pé. Era a minha parte da casa
até que as horas me chamavam
então eu partia até o último degrau
e me punha na ponta dos dedos
desprendendo-me no limite da noite
acompanhantes habituais
quase não me mexia
trazia nas mãos
a vontade de recontar uma história
rosto que se iluminava
como o sol descendo a cada salto
eu me renovava em cenário antigo
e tu, que conhecias todos os silêncios da terra,
perguntava-me:
quem dirá que jamais brotará a semente ?
terça-feira, 20 de abril de 2010
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4 comentários:
´´Meu medo , meu terror, é se disseres: Teu verso é raro, mas inoportuno. Como se um punhado de cerejas / A ti fosse dado / logo depois de haveres engolido/ Um punhado maior de framboesas . Casa é ilha. E o teu amor é sempre travessia´´
HILDA HILST
- releio minha mestra no dia em que faria 80 anos. Tanto tens dela, Ângela e tanto de ti me é urgente..... tua poética, meu amor casto, tua disposição para a Arte plena..... me escreve..... sou aquele que espera..... e motiva ...
beijos, FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA
´´Ama-me . É tempo ainda. Interroga-me . E eu te direi que o nosso tempo é agora. Esplêndida avidez, vasta ventura / Porque é mais vasto o sonho que elabora.
Há tanto tempo sua própria tessitura . Ama-me . Embora eu te pareça / Demasiado intenso. E de aspereza. E transitório se tu me repensas. ´´ HILDA HILST
- MEU AMOR EM NADA TRANSITA, PERMEIA E CEDE A TUA POESIA E DELICADEZA...BEIJOS, FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA , O QUE TE AMA DE MODO DIFERENTE DO VULGO E PASSAGEIRO.
relendo SPINOZA....e me renovo em cenário antigo foi algo que me tocou muito, Ângela... por vezes, sinto precisar dum recomeço mesmo agregando aquilo de vivido e que enaltece...beijos,
FLAVIO VIEGAS AMOREIRA
Boa tarde Angela. Tomei a liberdade de lhe citar em um dos meus poemas. Li a critica de Flavio Amoreira sobre os teus escritos e me apaixonei! A paixão me fez roubar as tuas palavras...
Um abraço!
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