quinta-feira, 29 de março de 2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

A incerteza desta manhã pode
Trazer-nos um presente de ligação
E existir do que não é necessário

Há uma permanência a ter-nos em alta conta. Uma profecia ouvida. Um homem que corta a grama de sua casa, há trezentos anos, sem nunca ter sido visto. E, no entanto,
você sabe: é seu irmão.

No mais,
Um dia,
um dia é muito

sexta-feira, 9 de março de 2012

Tenho ouvido de mestres, padres e especialistas que só é possível o humano ser mais humano na história inventada.

Mas hoje eu não quero crer neste intento. Marquei um encontro com a aparição. Visito o tempo de braços dados com a garganta e seu rasgo. Os dentes nascem debaixo dos pés, a cultura lava as panelas e os vestidos sobem para alcançar os livros da estante. As ferramentas enferrujadas marcam o tecido fino

E, com a secreção do olhar, pode-se prender o fio da memória na carroça da frente.

Neste lugar ( ) sou transcritora.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Ouço vozes. Frequentemente são frases inteiras que me chegam aos ouvidos. É a mulher que lê livros ininterruptamente dentro do meu corpo. Ao se deparar com uma frase intensa ela levanta os olhos e pronuncia-a em voz alta. E eu escuto. Como esta que acabei de ouvir: temos o corpo, temos o sangue. Mas não há Cristo.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Ela equilibrava-se em suas cordas vocais e, por amor, eu dizia-lhe para caminhar em riste, pois na outra ponta haveria o silêncio.

A travessia é feita por uma bailaria desqualificada, não se preocupe. Dizer é uma caixa de frutas dentro do pomar.

Confiante, disse: - tenho medo de viver no vaso, evoluir no vaso, sem perceber qualquer árvore do chão-

(mas, antes do final da frase notou que uma raiz crescera em seus pés)