domingo, 9 de outubro de 2011

Cara Babette,

Encontro-me adequada a um vestido aberto

Vejo o corpo do cavalo branco a descer a vila com sol

Estive a escorrer no escuro, a trabalhar para encontrar frases

Mas a fome passa da imagem

Há semanas, Babette, neste convite, estou a deixá-las

para seguir o monte,

haverá chuva aonde vier. Viveremos juntas

Não há vestígio nisso. Última estadia

A sentir-me viva na aula, no encontro das águas,

suporto que o monte me olhe. E diga: Absolutamente

Nos falaremos,

nem silêncio nem palavra.


Compõe, Babette, uma mesa farta, a toalha

habita o pequeno cálice,

som da compreensão,

que eu te responderei:
sim, os mestres chamaram-me,
mas o pelo amarelo deste pássaro
cegou este nome

Estou condenada a retirar meus olhos com receio de descobrir-te,
Mas posso ouvir o espanto de sermos, Babette, esta legião.

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