aquilo que trazes com o sim
quatro mãos em precipício
faz o rosto mover-se lentamente
como um boi mastigando o vago
-sou um a mais de mim-
das rebeliões passadas
trago apenas o dorso enrugado
insetos movem-se ao redor
transitam no pasto, dançam no vento
e eu rumino minha falta pressa
pois hoje visitou-me
a natureza em sede saciada
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
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10 comentários:
rosa..... sertão em meio a urbe...
ontológica mirada do mundo....
FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA
a literatura...a poesia por completo é ponte.... impregna-nos... alinhava a linguagem aurida da absurdez e nada é absurdez desde que desvelado o rio de seu prumo..... senda, Oceano-Cais....
o repouso da escritura....sagrada como cipreste não vergando a melancolia ou euforia..serenizo ...agradeço você...
beijo, FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA
flavioamoreira@uol.com.br
profundo poema sobre o maturar do ser; muitas leituras para saborear a complexidade das metáforas. Belíssimo.
´´Conheço o fundo - diz ela , toquei-o com minha grande raiz principal :
É o que você teme
Eu não : estive lá.
É o mar que você ouve em mim,
Sua insatisfações?
Ou a voz do nada, era essa a sua loucura?
Amor é uma sombra.
Como você cede e clama por ele,
Ouça: aqui estão suas pegadas :
sumiu , como uma cavalgadura.
Galoparei a noite toda assim,
impetuoso, Até tornar pedra a sua mente, travesseiro de turfe,
Ecoando, ecoando.
Ou devo antes trazer-lhes um som de veneno?
Agora, quebro em pedaços que voam como lanças. Um vento de tanta violência não tolera resistências:
preciso gritar.
Eu a deixo escapar. Eu a deixo escapar
Murcha e menor, como após uma ferida aberta radical....´´
SYLVIA PLATH
[- De um Verlaine retornado 'a órbita dos uranistas cansados do equívoco original: a costela de Adão.]
aos tolos de plantão : que façam a corte ao que sucumbe mesmo tendo alçado o monte.
´´L´Écrevisse´´
´´Incertitude, ´o mes délices
Vous et moi nous nous en allons
Comme s´en vont les écrevisses,
'A reculons, 'a reculons ´´
´´Fascinante incerteza , vejo-te
ao meu lado distante na mesma estrada
Andando como os caranguejos
Recuando, recuando.´´
- Em francês ou neologismo em português, Apollinaire devia nomear mesmo o nome dos caranguejos em sua ´´incertituide´´.
[ Verlaine reencarando ]
O discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar. FOUCAULT
´´O ser humano que não sabe extrair de sua energia novos desejos, criar um novo indívíduo m demolindo o que sobrou de velho e podre, para afirmar-se renovado em sua plenitude, não é um homem ! é um burguês, um burocrata, um mercantilista que basta-se para pagar as contas do seu dia medíocre e temeroso.´´
CARTA DE OSCAR GIGLIA 'A AMEDEO MODIGLIANI...
- nunca houve artista tão belo e de vida tão corajoso como MODIGLIANI: exemplo aos artistas ainda acovardados em seu hábitos burgueses....
de um ´´modiglianimaniaco´´
Tudo bem, Ângela?
Ainda não nos conhecemos,
mas acho que será em breve.
Sou amigo do Luis e da Simone
e o nosso blog é o seguinte:
http://poenocine.blogspot.com/
Lá tem um post sobre Surrealismo
que você vai gostar:
http://poenocine.blogspot.com/2009/12/memoria-do-poenocine-murilo-mendes_22.html
Surrealismo e o religar(e).
Até uma próxima.
´´Uma nação ? - fala Bloom . - Uma nação é a mesma gente vivendo no mesmo lugar. ´´
´´ULISSES´´ - JAMES JOYCE
-das artes , a que mais exige empenho de conteúdo, informação, aplicação diária é a Literatura....nela que habitamos devemos erguer alicerces sólidos.... escritura não pode ser ´´barato juvenil´´ ou ´´diletantismo´´: um jovem escritor deve ralar muito, ser fodico a ponto de começar por JOYCE E MALLARMÉ...nada menos que isso... escritura não dá trégua, nem permite babaquice cronólogica:
a Arte desconhece a manjedoura e o espocar de fogos fugazes na noite de São Silvetre...meninada antenada que pretendem a LITERATURA: empenhem-se ! que quer moleza em Arte vai fazer teste para MALHAÇÃO ou ser cover de dupla sertaneja.... NADA MENOS QUE JOYCE...recomendai-vos : ERUDIÇÃO E ATITUDE PEDANTE DIANTE DO MUNDO MEDÍOCRE....
FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA
www.cronopios.com.br
www.revistapausa.blogspot.com
flavioamoreira@uol.com.br
não canseis de tecer o infindável
no devenir sem mais espera....
a ordem das coisas é a aparência fortuita da disposições de acasos encarnados na tessitura dos objetos... lançar garrafas é o que de mais podemos....
VERLAINE REVISITANDO O SAGRADO
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