quarta-feira, 23 de setembro de 2009

o que amo mora na luz
e não haverá medida
para o centro da marcha
soar em meus cabelos
cheirando rosas grávidas.

A sacerdotisa,
guardiã do segredo,
removeu a pedra-
e o silêncio formulado
abaixo do vestido
é a sede revelada
nos brotos da margem.

exalando a fúria em prece:
-estou encontrada-
neste corpo ilícito
tecendo o peito sempre fresco
deste amor em estado de luz.

2 comentários:

Anônimo disse...

´´dizer´´ sobre esse poema é maculá-lo com o entendimento....
a Beleza aí revelada é irreproduzível: somente ler, não ir além do êxtase.

FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA

Anônimo disse...

´´Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se sofre a perda da sua alma imortal?´´
JOYCE -´´Retrato do artista quando jovem´´.
Alma não tem nada de metafísico aí no que leio: é a capacidade de percepção do imanente que chama!
pede! solicita ser escrito!
chama...... perdura numinoso.
FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA