quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Da Força

como se existisse um novo modo
de suportar a pena,
recusou a intervenção do pai,

-rejeitar o milagre não é pra qualquer um-

tomou para si o cálice
e o caminho do calvário
segue pedindo passagem.

Um comentário:

Anônimo disse...

´´Com minha escrita , eu percorro o corpo do outro, faço incisões nele, , levantos os tegumentos e as peles , procuro trazer os orgãos 'a tona e, com isso, fazer aparecer finalmente o local da lesão, o local onde reside o mal, seu pensamento e que, em sua negatividade, acabou por organizar tudo o que eles foram. Esse coração venenoso das coisas e dos homens - é isso, no fundo, o que eu sempre procurei trazer 'a tona´´. FOUCAULT , ´´A PALAVRA NUA´´- entrevista rara do pensador; sua poética se inscreve perfeitamente nesse campo vasto da escritura como incisão, fortaleza,
inquirição pela contundência: ´a maestria de Foucault e Blanchot que recorro, assim como quando leio René Char... ´´DA FORÇA´´ é visceral ao cubo....perfeito.
[ Flávio Viegas Amoreira ]