terça-feira, 22 de setembro de 2009

corais e açucenas
em temporal
vesti-me de barro
e restaurei paredes as úmidas
todas as vezes que endereço a certidão,
a casa migra outra vez.

3 comentários:

Anônimo disse...

´´Desde então, eu inumeráveis gerações humanas erguerem pela manhã seus olhos na direção do espaço, com a alegria inexperiente da crisálida que sauda sua derradeira metamorfose, para morrerem ao entardecer, antes do pôr do Sol, a cabeça curvada, como flores murchas embaladas pelo soprar lamentoso do vento. Vós, porém, permaneceis sempre as mesmas.´´
LAUTRÉAMONT- O MESTRE INSUPERÁVEL
´tradução Cláudio Willer, - Edições Max Limonad, página 104.

- na psicanálise, na mítica, nos mestres franceses....onde encontrar mais parâmetros para seguir ´interpretante´ da tua Obra, Ângela... ótimo tangenciar a sacralidade do instante que passa:
aqui fixa, desdobra, rizomaticamente gozozo... impregna.

FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA

Anônimo disse...

´´eu vislumbrei inumeráveis gerações...´´ - correção ao post anterior, ´´CANTOS DE MALDOROR´´.

- nada menos que MALDOROR....

FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA

Anônimo disse...

JORGE DE LIMA

´´Contemplo agora as rochas vigilantes, na funda permanência dessa tarde / escuto-as comovido, elas me escutam ... com tal fé no momento das borrascas...´´

- XXVIII- ´´INVENÇÃO DO ORFEU´´

- mesmo o maior canto é denominado biografia... e quando o sagrado se
conta? traduz a existência refletida?

´FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA