segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

sou o fim da viagem
numa casa de veraneio
não vês que os espaços em branco
cobram silêncio e presença?

eu não comungo da morte
desçam aqui os homens
que plantaram aquelas cruzes
no alto da colina

reconheço minha falta de gosto
não sou mais que os cantos daquela muralha
em cadência ocre, verde e amarelo-negro
mas viveremos para sempre deste modo doméstico?

não amanhã, mas agora
neste Aberto de silêncio e presença
cólera ao meio-dia
desça e ouça
os estalos desta morada nova:
aqui estou.

3 comentários:

Anônimo disse...

bom.....voltou.....bótimo !

Anônimo disse...

´´Alguns não podem dizer o que podem escrever ainda que ousem.´´

William Blake

- perfeita definição do que seja escritura....

Flávio Viegas Amoreira

flavioamoreira@uol.com.br

o que tem ela disse...

no abrigo de uma nova casa.
que bom q voltou!rs


um abraço
saudade,

Simone