quarta-feira, 30 de maio de 2012

porque amo LLansol


De dentro da bacia de prata carregava a tinta azul que encobria meu rosto matriz

a impregnar lençóis brancos, a parede branca e o outro que encontrasse. Uma mancha desforme impressa. Borrão azul e identidade.

Llansol ofereceu-me uma toalha dizendo: Limpa a tua face.

Eu disse-lhe: não é chegada a minha hora.

- Há uma única diferença entre o beijo e o poema.  O beijo pode ser dado mais tarde,
O poema                                                           .É de hoje que se trata.

do aparato dentário para a mordida, que contenha o quente do suor.
da palavra escolhida na palavra herdada, do anúncio nos olhos da denúncia,
a confiar-se numa fina abertura do tecido no imenso da terra.  deste sim. em pequenas letras,
que traz para perto do corpo o animal a nascer.

O encontro escreve poemas,
dá forma ao abraço do aéreo,
e ao beijo de amanhã.

Nenhum comentário: