terça-feira, 1 de maio de 2012

Escreve-se esparsamente. Aprende-se na aula: o que é, como e quando. Afasta-se ainda mais do tempo bruto. O anel desloca-se. Os que se participam já se conhecem anteriormente.
A poesia hera. Único gesto orgânico. Eis que te pede para retirá-la do curso normal do papel.

Entra a mulher sem brincos no olhar e vê teu caderno minúsculo
A derrubar-te em cachoeira
Passa a mão no texto, o falo da escrita
Faz morrer o gelado do gozo

 São três senhoras
 E uma pergunta: porque te penduras num relicário
se duvidas da qualidade da luz?

Um comentário:

Luiza Christov disse...

A poesia hera? muito lindo!