quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Um casal come tranquilamente no restaurante quando uma criança segurando uma caixa de pano de prato vem em sua direção. Os três se olham e ouço falarem em voz alta:

Sou o humano que cheira. Se agora encolho meus dentes,

É porque há mais objetos que o necessário por aqui. Posso viver com as pontas do meu coração queimando, mas não suporto beber o chá numa xícara que não viveu.

Não se pode adubar a terra com o corpo que não é seu.

Hoje, é como se alguém muito importante tivesse morrido.
Por necessidade.


E há que se abrir as paisagens, para encontrar pessoas.

2 comentários:

Tiago Cunha Fernandes disse...

"E há que se abrir as paisagens, para encontrar pessoas."

lilian lovisi disse...

Angela. Gostei muito deste estranhamento. Acho que vou me sentir à vontade no seu universo. Beijos Lilian ( FE, vai que você não lembra?)