Na sala de aula, cadeiras em círculo e três pessoas aguardando o professor. Entra a faxineira da escola que retira o lixo e escreve na lousa:
Por um vômito da linguagem, não de si. A romper a cisterna da sintaxe,
para não mais guardar distância entre nós e as coisas.
Se tenho raiva na escrita e na fala é porque minha respiração não as separou
Como Domênico antes de botar fogo em si.
Atiça, o excesso de lucidez, atiça.
Se cheirei a face deste lixo
foi por necessidade de explodir antes que o humano se rompa
como uma caixa de tomates rolando prateleira abaixo
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
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2 comentários:
Atiça, o excesso de lucidez, atiça.
Que maravilha! e quem é este Tiago Cunha Fernandes que parece tomar tuas palavras do mesmo copo que eu...?
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