Você se parece com a minha gata.
Te pego solta, brincando numa loja, em meio aos cabides. Você vai pra casa e não te vejo. Tenho medo de apertar teu corpo e espremer tua respiração,
Mas vou até o seu sono ver como está. Você faz pouca resistência.
E percebo como sou pequena. Mas sei o que é cuidar.
Você cresceu e eu atrás. Saía e voltava. Nossos segredos. Teve filho no meu colo. Era úmido de responsabilidade. Eu fui os olhos da tua mãe
e te joguei atrás de um muro,
Sem saber que o muro pode nos livrar de um incômodo,
mas a escrita não.
domingo, 29 de janeiro de 2012
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