segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Casa no meio do mato, próximo à ladeira das águas. Árvore de raiz grossa ao lado, canteiros esparsos, pedra encostada na parede branca. Sinal de terra vermelha que alcança os joelhos. Lá dentro uma fêmea, que toda chuva encarnava. Dançava no centro da sala, até trocar calor com o chão. Era a chuva do gesto. Pedido de transe. Corpo de cessar o desastre. Até o fim, até a última gota, até repousar quente na cama de palha.
Lá fora, o telhado ainda escorria alguns pingos,
E ela descansa, no eco que jamais se esgota.

Nenhum comentário: