segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Quero os nomes dos cegos quando as portas se fecham.
Vamos escorraçar os correios, debandar as cadeias e extrapolar a febre.
Dilacerante o rosto, dilacerante a vida.
Mova-me para o lado de fora, quero ser a outra que te deixa cru, sem malas de viagem. Vamos financiar bombas em pequena escala.
Larga meu casaco, não preciso dele agora. É a repulsa dos dias brancos que nos faz irmãos. Atropela-me a mentira.
Limpa o pó da minha cara.
Somos o vazio do mundo. Aceito esta roupa envenenada desde o dia em que te olhei e não me vi.

4 comentários:

Anônimo disse...

o passado , o passado no sentido de peso que damos ao acumulo sem
mais sensação de real é irrelevante...dou importância, ponho toda substância no reencontro:
ele me restitui ao casual que se fazia fatal pelo tanto de significados nele posto: o acaso objetivo: aquilo chamado genericamente ´destino´.... destino-me ao lume das coisas por ser desvelarem .... meu intuito é a busca: nela o reencetar da marcha interrompida num ponto impreciso... acho-me ... sacralizo-me.

Anônimo disse...

´´´´A espiral não tem começo nem fim. A espiral seria infinita em seu exterior, interiormente, porém , há os centros onda ela termina - ou se inicia. Tal pensamento demanda retificação. Somos nós que impomos limite, em ambas as extremidades, para a espiral. Idealmente, ela começa no Sempre, e o Nunca é seu termo. ´´

- vivamos na ESPIRAL, como na obra-prima de OSMAN LINS:´´AVALOVARA´´.
... A POÉTICA É PRÁXIS CONTADA DA EDIFICAÇÃO DE NOSSA SUBJETIVIDADE, PARTILHE-MOS A ARQUITETURA DO FENOMENOLÓGICO ´APREENDIDO´´.

beijo, FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA

Anônimo disse...

´´Cada obra de arte é realização de uma profecia, a transformação de uma idéia em imagem , assim também cada ser humano deveria ser a realização de uma profecia, a concretização de um Ideal, seja na mente de Deus ou do Homem.´´

OSCAR WILDE, ´´DE PROFUNDIS´´.

FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA

Anônimo disse...

´´ um solo de clarinete ecoa uma musicalidade de coisas novas sobre a montanha de nuvens afastado o pássaro gris toldando o horizonte...´´
POEMA 'A UMA CANÇÃO DE LUCIANO BERIO


FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA