segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ó santa mãe que aceita
que ama e não duvida
acumula-me de cera
e derreta-me de tanto pacto

Ó mãe das pontes internas
das vísceras curadas
aceita-nos cheios de pães
e nós

Íris encorpada
deita-me na queda dágua
lança-me no morro gelo
suspende-me as horas

Isabel da espera
desrespeita-me
descubra-me o osso
pois já posso ruivar

a quem ?
a ti, a vós
nós todos impregnados
ajuntados e cravados

mais do que ressoa
revoa o corpo
da tua voz em mim

ateia-me, ateio-me
enfim

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