segunda-feira, 19 de maio de 2014

a última maçã da fruteira
escorregou pela porta ontem
fazia um trabalho de chuva
rolou na rua, derretia nos buracos
não pude segui-la, ventava tanto
mas eu também senti o calor
da voz da água comendo o estado semente da maçã
casca no possível do nascer
era de saciar toda a gente
e pelas paredes podia-se ouvir
- terra fervente debaixo do asfalto-

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