sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Está calor, posso ver. É a luz mais aberta que já vi. No entanto, respiro gelado. Só se escuta a areia levantada em vento. O corpo não consegue seguir ereto. É visto. Há um único caminho:
-seguir em direção oposta ao mar-.
A mulher que vivi diria: Deserto. 
Mas o que escorre não pode ser limpo.
Quanto mais longe do mar, mais próximo da luta. A vegetação corta. Sutileza de um chicote. Não me importo em sangrar.
É tão seco que jorra. É tão seco que brota.

Andar agora é arrancar dois pés do chão.

Um comentário:

Gerson Oliveira disse...

Angela! Que coisa bonita. abraço e obrigado.