Um pedaço
fino de carne, com buracos espaçados, atravessados pela luz do dia, pendurados
no varal, costurado com uma linha de pipa que amarra a estrutura viva de
tecidos moles e outras ressurreições.
A tapar seus
buracos. A fechar as feridas vazadas, cicatrizando-as. A linha, que no inicio
parece ser forte demais, estrangeira àquela matéria, vai entregando-se, escurecendo
e se desfaz,
Cedendo ao
acontecimento da carne. O sistema da carne regenera-se
e passa a estar com a luz de outra maneira
de troca
gradativa de cor, explosão de brilho e calor
E este fenômeno
ainda necessita de descrição
Pois, se um dia chamamos ESCRITA o que se vai com a linha,
qual o nome desta voz
que se inicia na carne?
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