Optei pelo calor do texto e estou a falar-lhe disso. Então olho
para o lado
e vejo que meu jeito de alimentar é misturar a ração com um
pouco de molho. O caminho todo é repousar neste aroma.
Há um mar preciso, que chamarei de pensamento, que responde
às estações do ano: ora congela-se, ora se agita, ou se aquece. E, do mesmo
modo, há o fundo do olho, que chamarei de instante.
Ambos se procuram.
Se haverá encontro, se há um barco, ou o mensageiro a
atravessar as espécies, se há alguém que sobrevive desta comunhão e autoriza-se a contar-se, não sabemos.
Percebo que estou a falar-me, já deixei de conversar contigo.
Mas, de água viva ou de sonho, prossegue-se,
Pois há coisas que vivemos de um outro lado.
Esta língua que me permite
escrever, não me põe a entender. O mar
oferece-se aos olhos. Mas, e o olho,
nasceu para ofertar-se ao mar? E chegará o homem de olhos até aqui.
Caberá a nós continuar. E é de trindade que falaremos.
Caberá a nós continuar. E é de trindade que falaremos.
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