sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nos seus vinte e cinco anos, Vitória era aparente. Quando parada, um arco se constituía entre as pernas e a coluna, estridente e fina. Por mais que se respeitasse sua história, seu corpo não era coisa só. Tinha perguntas sem abrir a boca, amanhecia quando dizia seu nome. Quem a via, achava que tomava o todo dela, por este jeito separado, não elegante. Mas era mesmo difícil de entender. Aquele corpo tinha algo que parava, represa cheia e uma barragem. Cada tábua era uma aposta. De não duvidar da correnteza. Para não agonizar asperezas.

Nenhum comentário: