quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Neste dia em que o calor cresce das paredes, fico desatenta à distração e aceito pensar nos caminhos que um dia levaram alguém à beatitude.
Quanto um espaço pode suportar o espalhar de um corpo?
Encosto nos quatro cantos da crença e ela me diz: sabia que me amavas! Vem! Confiante, respondo: queria conhecê-la melhor para dar notícias aos homens que te esperam.
E mais uma vez ela me escapa.
Não há nada a dialogar com a crença.

2 comentários:

Flávia Tavares disse...

Quanto um espaço pode suportar o espalhar de um corpo?
Meu Deus, que bela pergunta Angela querida.
Eu espero que possa suportar muito, e mais que suportar, acolher.
Um beijo bem grande,
Flávia.

Anônimo disse...

´´(...) o cálculo de Deus : a introdução do ´outro´ e da ´mistura´, a problemática da causa errante e do lugar - têrceiro gênero irredutivel- , a dualidade dos paradigmas, tudo isso ´obriga´a definir como rastro a origem do mundo, quer dizer, a inscrição das formas, dos esquemas, na ´matriz´, no receptáculo ´´- DERRIDA.

- sua escritura está em estado de matriz, irredutível como Lautreammont lido por Blanchot....
fascínio da imanência desdobrando-se ´ad infinitum´


FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA